PROTEGENDO-SE NO DIVÓRCIO: ESTRATÉGIAS CRUCIAIS EM CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E ABUSO INFANTIL

Divorcio

O divórcio, por si só, já é um processo complexo e emocionalmente desgastante. No entanto, quando há a presença de violência doméstica, violência psicológica e financeira, bem como abuso contra as crianças, a necessidade de estratégias eficazes para a proteção da mulher e dos filhos torna-se fundamental.

 

1. Denúncia e Busca por Medidas Protetivas: O primeiro passo crucial em situações de violência doméstica é denunciar os abusos. As autoridades competentes, como a polícia, estão aptas a oferecer suporte e tomar medidas imediatas. Além disso, a Lei Maria da Penha, no Brasil, prevê medidas protetivas que podem incluir a imediata retirada do agressor do lar, garantindo a segurança da mulher e das crianças.

 

2. Assistência Jurídica Especializada: Buscar assistência jurídica especializada é essencial. Advogados com experiência em casos de violência doméstica podem orientar sobre os procedimentos legais, ajudar na obtenção de medidas protetivas e defender os interesses da vítima no processo de divórcio. É fundamental garantir que todas as ações legais sejam tomadas para proteger os direitos e a segurança da mulher e das crianças.

 

3. Documentação de Casos de Violência Psicológica e Financeira: A violência psicológica e financeira também deixam cicatrizes profundas. Documentar casos de humilhação, ameaças e controle financeiro é crucial para fortalecer o caso judicial. Mensagens de texto, e-mails, registros financeiros e relatos detalhados podem servir como evidências fundamentais na busca por proteção legal.

 

4. Avaliação e Tratamento Psicológico para as Crianças: Quando as crianças são vítimas de abuso, buscar avaliação e tratamento psicológico é uma prioridade. Psicólogos especializados em trauma infantil podem oferecer suporte emocional, identificar traumas e ajudar na elaboração de estratégias para minimizar os impactos do abuso durante o divórcio. A saúde mental das crianças deve ser uma prioridade na jornada de proteção familiar.

 

5. Estabelecimento de Audiências Protegidas: A busca por audiências protegidas é uma medida adicional. Nestas audiências, as partes envolvidas são ouvidas em ambientes seguros e controlados, visando evitar confrontos diretos entre os envolvidos e garantir a integridade física e emocional de todos os participantes.

 

6. Rede de Apoio: Construir uma rede de apoio sólida é fundamental. Amigos, familiares e profissionais, como psicólogos e assistentes sociais, podem oferecer suporte emocional e prático durante o processo de divórcio, proporcionando um ambiente de confiança e resiliência.

 

7. Acompanhamento Judicial Contínuo: Manter um acompanhamento judicial constante é essencial. Em casos de violência, é crucial estar ciente dos direitos e recursos legais disponíveis. Dessa forma, a justiça pode ser buscada de maneira efetiva, assegurando que a proteção adequada seja concedida ao longo do processo de divórcio.

 

8. Busca por Recursos Comunitários: Além dos recursos legais, é importante explorar os recursos comunitários disponíveis. Abrigos para vítimas de violência doméstica, organizações de apoio e grupos de aconselhamento podem oferecer assistência prática e emocional durante esse período desafiador.

 

Conclusão: Enfrentar um divórcio envolvendo violência doméstica e abuso infantil é uma jornada complexa e muitas vezes angustiante. No entanto, ao seguir estratégias como a denúncia imediata, busca por medidas protetivas, assistência jurídica especializada e apoio psicológico para as crianças, é possível fortalecer a posição da vítima e criar um ambiente mais seguro durante e após o divórcio. A conscientização sobre os recursos disponíveis e a determinação em buscar ajuda são passos fundamentais para a reconstrução e recuperação da mulher e de seus filhos.

 

Dra. Ivenise Rocha

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