Já conhece a nova modalidade de empréstimo bancário forçado?

Ja Conhece A Nova Modalidade De Emprestimo Bancario Forcado

Parece pegadinha do malandro, mas é dor de cabeça e das bravas!

 

Trata-se de uma nova modalidade de abuso cometido por instituições financeiras que vou relatar aqui, continue comigo nesse texto que vou falar como isso ocorre e o que você deve fazer caso tenha sido vítima.

 

Nos últimos dias fui procurado por duas pessoas que estão passando pelo mesmo transtorno, receberam um empréstimo forçado. Isso mesmo, forçado.

 

Do nada apareceram R$ 18.000,00 (dezoito mil reais) na conta de uma dessas pessoas que me procuraram, e depois lhe foi enviada uma mensagem de um banco desconhecido que havia feito o empréstimo a ele e que logo ele receberia o contrato, e que no mês seguinte começariam os descontos na aposentadoria delas.

 

Esclareça-se, essas pessoas nunca buscaram nenhum empréstimo, ainda mais de uma instituição financeira desconhecida.

 

Um golpe institucionalizado! É o mínimo que se pode dizer dessa prática abusiva, extorsiva, desrespeitosa, ardil, maligna, diabólica.

 

É a mesma prática que ocorria com os cartões de crédito não solicitados, mas enviados aos clientes, só que com um agravante, agora é o dinheiro vivo.

 

Todos sabem que dinheiro nunca é demais, e ainda mais disponível na conta como se do consumidor fosse, é uma tentação sem tamanho. Não há dúvidas.

 

Logo que a pessoa percebe aquele valor, é claro que ela tem uma destinação para a grana. Mas é aí que a coisa complica.

 

Isso porque será parcelado em quantas vezes? Qual a taxa de juros? E o principal, não havia um planejamento para aquisição de empréstimo.

 

A vontade do consumidor não foi levada em conta, na verdade, o consumidor foi enganado, esse tipo de prática deveria figurar nos crimes contra as relações de consumo.

 

Eu já conhecia essa prática, mas de outra forma. O corretor dos empréstimos fazia um contato com o servidor público, e só de conversa já deixava acertado um depósito na conta dele.

 

Assim era feito, muitas vezes sem que o servidor tivesse anuído com isso. Daí, vinha no contracheque os descontos 1/1, e nunca terminava, e o banco também não recebia a quitação, porque o objetivo era manter um escravo.

 

Prática abusiva que ocorreu muito no Estado de Goiás, e em outros estados da federação.

 

Não bastava essas lojas de empréstimos terem os dados dos aposentados e pensionistas e passarem o dia aporrinhando essas pessoas com ofertas de empréstimo, agora já fazem o depósito na conta e depois vão descontar, isso sem pedir qualquer autorização.

 

É no mínimo ABSURDO.

 

Imagine quantas pessoas talvez nem se darão conta do que ocorreu ao encontrar valores a maior em suas contas, a não ser quando vierem os descontos consignados?

 

Pensem nos idosos, pessoas simples, quase inocentes, que serão enganadas com essa maldita prática? Lamentável o que ocorre no Brasil.

 

Bem, mas se você foi vítima desse golpe, que é o mínimo que se pode dizer dessa atitude de forçar o empréstimo, o que você deve fazer?

 

Caso você tenha lido até aqui, continue comigo que vou dar algumas orientações sobre o que deve ser feito.

 

1- NÃO GASTE O DINHEIRO.

 

Gente, dinheiro não cai do céu, e é quase impossível que alguém deposite dinheiro por engano na sua conta.

 

Então, se apareceu dinheiro na sua conta, tem algum problema nisso, caso você gaste esse dinheiro, você terá que pagá-lo. Apesar da abusividade, o dinheiro não é seu.

 

É claro que minha vontade é dizer pra você torrar tudo, afinal, você não pediu esse empréstimo, nem fez qualquer contrato, mas em um país onde o rabo abana o cachorro, vai sobrar pra você.

 

Portanto, não gaste o dinheiro.

 

2- FAÇA CONTATO COM A INSTITUIÇÃO FINANCEIRA QUE FEZ O DEPÓSITO.

 

Faça contato com a instituição financeira que fez o depósito em sua conta e informe que não tem interesse em empréstimo e quer restituir o valor, e faça isso por e-mail ou mensagem de sms, whatsapp, ou grave a ligação.

 

Nesse momento tenho muita pena dos idosos enganados por esses malditos bandidos banqueiros. Que transtorno desnecessário, que desrespeito, que abuso.

 

3. PROCESSE A INSTITUIÇÃO FINANCEIRA QUE FEZ ISSO.

 

Muitos podem não achar ético incentivar as pessoas a ajuizarem processos, mas e aí, vamos ser ovelhas que são devoradas em silêncio?

 

Esse deveria ser um caso de polícia, de bloqueio das atividades dessas empresas que realizam tal ato.

 

Essa ação que deve ser proposta, claro que sempre acompanhada por um advogado, pois o seu resultado será muito melhor.

 

Esqueça esse negócio de demandar na justiça sem advogado ainda que seja em pequenas causas, o advogado é treinado para lhe ajudar, contrate um que você confie e demande contra esse desmando.

 

Nessa ação, faça um pedido de depósito consignado, onde você irá depositar o valor que caiu na sua conta, e requeira uma indenização por danos morais e materiais pelo transtorno, pelos custos que você terá para ajuizar essa ação.

 

Não tenha dúvidas que essa prática será considerada dano moral presumido, conforme é o caso do cartão de crédito não solicitado.

 

Entendo ser imprescindível o depósito consignado do valor, porque a instituição financeira que fez o empréstimo dificilmente irá receber de boa vontade.

 

Nessa ação deve ser pedido em sede de Liminar a proibição da instituição financeira de fazer qualquer desconto na conta daquele que recebeu esse depósito. Acreditem, eles farão esses descontos, caso a justiça não os proíba.

 

Deverá ainda ser requerido nessa ação, a nulidade desse contrato abjeto que foi realizado de forma unilateral, e que ao final seja declarada a inexistência de débito.

 

Não deixe isso pra lá, como é o pensamento da maioria dos brasileiros, e é por isso que existe esse desrespeito. Todo mundo deixa pra lá.

 

Temos que lutar, demandar, litigar pelo que é nosso e não deixar barato uma coisa como essa.

 

4. GASTEI O DINHEIRO E AGORA?

 

Acredito que muitas vítimas dessa extorsão estão nessa situação. O dinheiro caiu, foi-se gastando, e agora descobriu o golpe, o que fazer?

 

Ajuíze ação da mesma forma, só que sem o depósito judicial, isto porque você foi induzido a erro, na verdade foi uma vítima desse sistema maléfico e agora não tem condições de arcar.

 

Pode ocorrer inclusive um acordo, ou mesmo que o juiz declare a inexistência de débito por parte do consumidor que foi lesado nessa prática.

 

Enfim, essas são algumas dicas para quem foi vítima dessa prática abusiva de empréstimo forçado.

 

Um jogo sujo por parte de instituições financeiras que deveria ter suas atividades suspensas.

 

E você o que achou? Compartilhe nos comentários a sua opinião.

 

Faz um favor, envie esse texto para um conhecido que esteja passando por esse problema.

 

Quem quiser reproduzir esse texto, pode fazer desde que cite a fonte.

 

Até a próxima.

 

Dr. Rafael Rocha

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