Assassinato de pastor no RJ pode estar ligado com abuso sexual de criança, diz delegado
Pai de criança, que teria sido abusada por pastor, saiu da prisão e teria matado Custódio Gonçalves. Em depoimento, suspeito alegou que traficantes da região teriam cometido crime.
O Assassinato do pastor evangélico Custódio Gonçalves em Itaboraí, Região Metropolitana do Rio, pode estar ligado a um crime de abuso sexual contra uma criança de 2 anos. O homem de 57 anos foi morto a tiros no início da noite de domingo (26) dentro da igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério Apascentando Ovelhas, durante um culto.
A Polícia Civil informou que o pastor é suspeito de ter abusado sexualmente do seu sobrinho, de 2 anos. O delegado da Divisão de Homicídios, Fábio Barucke, afirmou que o pai da criança abusada é o principal suspeito de ter matado o pastor.
“O fato gira em torno deste abuso sexual que essa criança teria sofrido. Foi constatado sangue no reto da criança, a criança teria dito que estava sob a custódia do pastor e, logo depois desse fato, a criança foi entregue para o pai. O pai está prestando depoimento na delegacia. A princípio ele nega [a autoria do crime contra o pastor], mas temos relatos que ele ficou revoltado com a situação do pastor que estava com a custódia do filho dele”, afirmou o delegado.
“Outros relatos dizem que o pai é regresso do sistema penitenciário. Ele estava preso sob a suspeita de ter matado sua ex mulher, estava preso por sete meses. Durante esse tempo, o filho ficou sob a custódia do pastor e agora na saída do presídio ele se depara com essa situação do filho sendo abusado. Com a morte do pastor ele se torna o principal suspeito”, completou Barucke.
Durante depoimento na delegacia, pai da criança abusada alegou que traficantes da região seriam os autores da morte do pastor.
Manifestações na internet
O crime ocorreu por volta das 20h30 e, quando a polícia chegou ao local, a vítima, identificada como Custódio Gonçalves, de 57 anos, já estava sem vida. Amigos da vítima disseram que Custódio também trabalhava na Guarda Municipal de Itaboraí.